Cinema Capitólio Petrobrás apresenta a mostra “3x Souleymane Cissé”

Souleymane Cissé no Tribeca Film Fesival de Nova Iorque em 2011.

Nos dias 8 e 9 de setembro em Porto Alegre (POA), no  Rio Grande do Sul, ocorre na Cinemateca Capitólio Petrobrás a mostra “3x Souleymane Cissé”. Segundo o Mediacine, informativo da Embaixada da França no Brasil, em três sessões especiais, o público poderá ter acesso aos filmes realizados pelo consagrado diretor maliano Souleymane Cissé, um dos nomes mais importantes da primeira geração de cineastas africanos. No sábado, 8 de setembro, acontece a exibição de “Baara – O trabalho” (18h) e de “Finyé – O vento” (20h). Já no domingo, 9 de setembro, acontece a exibição de “Yeelen – A luz” (16h).

O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos. Conforme informações da sala de cinema em POA, a programação é uma realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre, em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, o Institut Français e o Instituto Moreira Salles.

Nascido em Bamako, ele foi criado em uma família muçulmana e, já na infância, adquiriu uma grande paixão por filmes. Iniciou sua carreira como um projecionista assistente para um documentário sobre a prisão de Patrice Lumumba. Após frequentar a escola secundária em Dakar, conseguiu uma bolsa de estudos para a escola de cinema e televisão de Moscou.

Em 1970, ele retornou ao Mali, após a independência da França, e ingressou no Ministério da Informação como cinegrafista, onde produziu documentários e curtas-metragens. Dois anos depois, ele produziu seu primeiro longa-metragem, “Cinq jours d’une vie” (Cinco dias em uma vida), que conta a história de um jovem que abandonou uma escola corânica (instituição religiosa islâmica) e tornou-se um ladrão que vive na rua. Cinq Jours estreou no Festival de Cinema de Cartago. Em 1974, Cissé produziu seu primeiro longa-metragem na língua Bambara, “Den muso” (A Garota), a história de uma jovem muda que foi estuprada. A menina fica grávida e é rejeitada tanto por sua família, quanto pelo pai da criança.

Quatro anos mais tarde, ele dirigiu “Baara” (Work), que recebeu o prêmio Talon da Yenenga na Fespaco em 1979. Em 1982, foi a vez de “Finyé” (Wind), que conta a história de jovens insatisfeitos no Mali, rebelando-se contra o establishment, possibilitando o segundo Talon de Yenenga, no Fespaco de 1983, para o diretor. Entre 1984 e 1987, realizou sua maior obra “Yeelen” (Light), um filme que marcou o amadurecimento de seu processo criativo, ganhando o Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1987. Em 1995, “Waati” (Time) competiu pela Palma de Ouro no Festival de Cannes. Cissé é presidente-fundador da União de Criadores e Empreendedores de Cinema e Artes Audiovisuais da África Ocidental (UCECAO).

Para mais informações consulte o site do cinema Capitólio.

No Tribeca Film Festival de 2011, em Nova Iorque, Estados Unidos, Souleymane debateu com Martin Scorsese.

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por Anders Noren

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