4° Festival de Cinema dos BRICS anuncia o juri e os filmes selecionados para a mostra

Crédito: Facebook 4° Festival de Cinema dos BRICS.

A assessoria da Mostra Contemporânea do BRICS Film Festival informou a seleção de filmes que deve compor a programação do evento e o juri que deve avaliá-los. Com duas obras cinematográficas provenientes de cada país dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a iniciativa, que está marcada para ocorrer entre os dias 23 de setembro a 9 de outubro, destina-se à exibição de produções cinematográficas dos cinco países membros do grupo, que competirão pelos prêmios Melhor Filme pelo Júri Oficial e Melhor Filme pelo Júri Popular. Conforme a organização do evento, o Júri Oficial do Festival é composto por um representante de cada país membro dos BRICS.

Assim, conforme anunciado pela assessoria do festival, os seguintes nomes estarão presentes em Niterói para avaliar os filmes participantes: Martin Botha da África do Sul – professor associado no Centro de Estudos de Cinema e Mídia da Universidade da Cidade do Cabo e um dos maiores especialistas em cinema sul-africano; Qin Xiqing da China – é historiadora, crítica e professora do Instituto de Artes de Cinema e TV da Academia Nacional de Artes Chinesas e pesquisadora de teorias pós-modernas, história do cinema silencioso chinês e estudos de cinema feminista; Rita Dutta da Índia – é professora de graduação na Universidade de Calcutá, atualmente desenvolve sua pesquisa de doutorado em cinema, e serviu como membro do júri em muitos festivais internacionais como Festival de Cannes (França), Festival Internacional de Cinema de Busan (Coreia do Sul), Festival Internacional de Cinema do Cairo (Egito) e Festival de Cinema de Kiev – Melodist (Ucrânia); Kirill Razlogov da Rússia – formou-se na Universidade Estadual de Moscou Lomonossov (1969), com doutorado em artes e estudos culturais, começou a carreira como pesquisador na cinemateca russa (Russian Film Archive) em 1969; e Susy Freitas do Brasil – professora na área de comunicação, escreve para o site Cine Set e é membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e do Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema (Elviras).

Da esquerda para a direita o juri do 4° Festival dos BRICS: Qin Xiqing da China, Rita Dutta da Índia, Susy Freitas do Brasil, Martin Botha da África do Sul e Kirill Razlogov da Rússia. Crédito: Facebook 4° Festival de Cinema dos BRICS.

Sobre a programação fílmica, os títulos escolhidos para representar a África do Sul são “When babies don’t come” (2018), de Molatelo Mainetje e “The Tokoloshe” (2018), dirigido por Jerome Pikwanebrea. O primeiro é um documentário que aborda a jornada de uma mulher que não pode engravidar naturalmente e recorre a outras formas de concepção. Assim, ela reporta o processo que experiencia com fertilização in vitro, visitas a um curandeiro tradicional e práticas para ganhar assistência de seus antepassados.

Crédito: Facebook 4° Festival de Cinema dos BRICS.

Já o segundo é um filme de horror/thriller que conta a história de uma jovem pobre chamada Busi. Ela consegue um emprego como faxineira em um hospital decadente no coração de Johannesburgo. Pessoa de emoções reprimidas e passado duvidoso, ela está desesperada pelo dinheiro para poder trazer também sua irmã mais nova a Johannesburgo. Tendo que lidar com o gerente hospitalar corrupto e que a assedia, um dia Busi descobre uma menina abandonada no hospital e acredita que ela é atormentada por uma força sobrenatural. Assim,  deve enfrentar seus próprios demônios do passado, a fim de salvar a criança do monstro abusivo que persegue ambas implacavelmente.

Para representar a China foram escolhidos os longas: “How long will I love u” (2018), dirigido por Lun Su e “The Legend of the White Snake” (2019) de Amp Wong e Zhao Ji . O primeiro estabelece um quadro dos contrastes sociais, com a mistura de fantasia, drama, romance e humor ao contar a história de uma jovem de 2018 e um jovem de 1999 que se tornaram colegas de quarto depois de tempo e espaço fundirem-se dentro de seu apartamento.

Crédito: Facebook 4° Festival de Cinema dos BRICS.

Já o segundo é uma animação baseada na história da fábula chinesa “The Legend of the White Snake”. O enredo gira em torno do espírito da cobra Blanca que perde sua memória ao se disfarçar como uma mulher humana e acaba apaixonando-se por um caçador de cobras. Isso desagrada fortemente sua irmã Verta, o demônio da cobra verde.

Representando os indianos estão os longas “Aalorukkam” (2018), dirigido por V C Abhilash e “Tarikh” (A Timeline) (2019), de Churni Ganguly. No primeiro caso, tem-se a história de um pai, Pappu Pisharadi, que procura seu filho que saiu de casa há 16 anos atrás. Seu único desejo é vê-lo novamente. Já o segundo longa “Tarikh” explora a transitoriedade da vida e a imortalidade através das vidas de três indivíduos que estão interligadas: Anirban Gupta, professor, Ira, a esposa de Anirban e que trabalha como gerente do lobby de um hotel, e Rudrangshu (Rudy), amigo de infância de Anirban. 

Crédito: Facebook 4° Festival de Cinema dos BRICS.

Para a seleção russa foram escolhidos os filmes “The Lord Eagle” (2018), dirigido por Eduard Nivikov e “Tutor” (2018), de Anton Kolomeets. O enredo do primeiro filme é situado em 1930 na taiga profunda de Yakutia, no extremo norte da Rússia. Old Mikipper e sua esposa, Oppuos, vivem na floresta, na companhia de animais como vacas, e vivem da caça e da pesca. Um dia o destinho traz a presença de uma águia. O casal não ousa afastá-la, porque as águias são sagradas. Eles passam a alimentá-la durante todo o inverno, para que  não ataque o seu gado. Porém, em um dia frio de Natal, a águia entra na casa do casal e ocupa o lugar honorário no canto da prateleira, ao lado dos ícones.

Crédito: Facebook 4° Festival de Cinema dos BRICS.

Já “Tutor” é um drama produzido e dirigido por Anton Kolomeets e narra a história do menino Savva, de 17 anos, que está se preparando para matricular-se na universidade. Um dia seus pais saem de férias e Savva encontra uma professora de literatura estrangeira no site da Internet “Your Tutor”.

Finalmente, para a seleção brasileira, os filmes “Os Jovens Baumann” (2018), com direção de Bruna Carvalho Almeida e “Filhos de Macunaíma” (2019) de Miguel Antunes foram escolhidos. O primeiro conta a misteriosa história de alguns jovens que desapareceram após as férias de verão. Na outra produção, tem-se a história de três famílias indígenas que vivem no norte do Brasil. A trama gira em torno de personagens que mudam de lugar em busca de uma identidade. Para mais informações sobre a programação do festival, consulte a página do 4° Festival de Cinema dos BRICS no Facebook

Crédito: Facebook 4° Festival de Cinema dos BRICS.

 

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por Anders Noren

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