
A Petra Belas Artes À La Carte vai exibir 17 longas metragens do cinema russo e soviético em sua plataforma streaming. Desta lista, 14 obras soviéticas foram adquiridas em parceria com a CPC-UMES Filmes, instituição que detém os direitos do Estúdio Mosfilm para distribuir seus filmes no Brasil. Inaugurado há menos de um ano, o Petra Belas Artes À La Carte é um streaming que reúne cults e clássicos do cinema de todas as décadas, desde os anos 1910.
Um dos mais antigos e importantes da história, o cinema da Rússia teve sua primeira captação de imagens em movimento datada de 1896, o registro da coroação do Czar Nicolau II. Do período da União Soviética, entre os 14 títulos, há filmes das variadas décadas, inclusive na fase da Perestroika, durante o governo de Mikhail Gorbatchiov, e também da fase atual pós-URSS.
Confira a seleção russa do À La Carte:
“O Encouraçado Potemkin” (1925), de Serguei Eisenstein, filme que revolucionou a montagem cinematográfica, e “Aleksandr Nevski” (1938), a saga épica do príncipe russo Aleksandr Nevski, famoso por vencer os cavaleiros Teutônicos, também dirigido por Eisenstein; “Quando Voam as Cegonhas” (1957), de Mikhail Kalatozov, único filme russo a ganhar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, um dos favoritos de Francis Ford Coppola e Martin Scorsese; “A Balada do Soldado” (1959), Grigorii Chukhrai, filme indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes 1960 e indicado ao Oscar 1961 de Melhor Roteiro Original;
“A Infância de Ivan” (1962), primeiro longa-metragem realizado por Andrei Tarkovski, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, “Andrei Rublev” (1966), também de Tarkovski, filme apresentado no Festival de Cannes 1969, “Solaris” (1972), ficção científica existencialista de Tarkovski, “O Espelho” (1975), obra com referências autobiográficas de Tarkovski, e “Stalker” (1979), filme que deu a Tarkovsky o prêmio especial do Júri no Festival de Cannes; “Fascismo Sem Máscara” (1965), de Mikhail Romm, considerado o mais profundo, criativo e impactante documentário realizado sobre o tema;
“Dersu Uzala” (1975), de Akira Kurosawa, vencedor do Oscar 1976 de Melhor Filme Estrangeiro para a Rússia, obra de encomenda de um embaixador russo ao diretor japonês Kurosawa; “Vá e Veja” (1985), do premiado diretor Elem Klimov; “Boris Godunov” (1986), de Sergei Bondartchuk, filme baseado na obra de Aleksandr Pushkin (1799–1837), o maior poeta russo na época romântica; “Cidade Zero” (1988), de Karen Shakhnazarov, filme selecionado para representar a União Soviética no Oscar 1990 de Melhor Filme Estrangeiro, e “Anna Karenina: A História de Vronsky” (2017), também de Shakhnazarov; “O Sol Enganador” (1994), de Nikita Mikhalkov, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1995 e vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes, e “O Barbeiro da Sibéria” (1998), outro grande filme de Mikhalkov, filme escolhido para representar a Rússia no Oscar 1999 de Melhor Filme Estrangeiro.
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