China relembra o 70º aniversário de sua participação na Guerra da Coreia

Crédito: CGTV.

Este ano, a República Popular da China comemora 70º aniversário da entrada do Exército de Voluntários do Povo Chinês (CPV) na República Popular Democrática da Coreia (RPDC), durante a guerra civil coreana, para resistir à agressão dos Estados Unidos e prestar ajuda ao país vizinho (1950-1953). Para tanto, uma exposição e um documentário, além de várias materiais televisivas foram organizadas para celebrar a data.

Segundo a China Global Television Network (CGTV), o presidente chinês Xi Jinping, também secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e presidente da Comissão Militar Central (CMC), fez um discurso no evento, exortando a nação a lembrar a história, levar avante o espírito do CPV e avanço do socialismo com novas características. Uma homenagem aos veteranos da guerra foi também especialmente planejada para celebrar a participação histórica da China na Guerra da Coreia.

No documentário exibido no canal CGTV, transmitido no Brasil pela NET em inglês, estão expostas as causas que levaram Mao Tse-Tung, Zhou Enlai e outras grandes figuras políticas da época a cooperar com Kim Il Sung, líder fundador da Coreia do Norte. A razão principal foi a nova ameaça à soberania nacional. Após derrotar os japoneses, sair vitoriosa da guerra civil, reunificar boa parte do território chinês, a geração comandada pelos principais nomes citados acima veria o Harry S. Truman enviar tropas estadunidenses à Taiwan e contestar a soberania da ilha, mesmo que na Declaração do Cairo (1943) fora estabelecido que ela deveria retornar ao domínio da China.

Após os Estados Unidos apoiar os sul-coreanos na guerra e enviar tropas que logo avançariam, chegando próximo à fronteira com a China e a União Soviética, Mao Tse-Tung, mesmo com o apoio parcial soviético, não tendo proteção aérea, não fornecida por Stalin, resolve ir em auxílio dos norte-coreanos. Em especial, visavam conter a ameaça de uma nova invasão e tentativa de ocupação da Manchúria, como já ocorrera no passado. Atualmente, com novas ameaçadas sendo constantemente expressas por Washington, a China parece rever o passado e prepara-se para eventualmente ter de participar de um novo conflito com os Estados Unidos, caso seja inevitável. Confirma o discurso de Xi Jinping, com tradução em inglês, transmitido pela CGTV.

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por Anders Noren

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