
Nos dias 29, 30 e 31 de outubro, a NC Curadorias, em parceria com o cineasta e pesquisador Hugo Katsuo, vai realizar o minicurso online “O corpo amarelo e a imagem pornográfica”, às 18h30, através da plataforma Zoom, sobre a pornografia e as questões raciais, envolvendo indivíduos de raça ou cor amarela. Nestes três encontros, Katsuo pretende abordar as especificidades da produção pornográfica, a relação entre pornografia e raça e as questões raciais envolvendo os amarelos.
Ainda serão debatidos os processos de racialização do homem cisgênero (pessoa que se identifica com o gênero que nasceu) amarelo tal como adentrar nos debates de representação para, então, compreender as dinâmicas da pornografia gay masculina ocidental protagonizada por esses indivíduos. Estão inclusos no pagamento: acesso aos encontros (via Zoom) + material utilizado + certificado + gravações dos encontros + inscrição com descontos em eventos futuros da NC Curadorias (30 a 50% do valor). As vagas são limitadas: máximo 10 pessoas. Use o código promocional ceauff e obtenha 15% de desconto no valor deste curso. Para realizar a sua inscrição, acesse o site Sympla.
Segundo matéria publicada pela assessoria da Universidade Federal Fluminense, no “Censo 2010, dois milhões de brasileiros residentes autodeclaram-se de raça ou cor amarela, número que cresceu 177% em uma década. A denominação ‘amarela’ refere-se aos descendentes de japoneses, chineses, taiwaneses, coreanos e outros grupos cujas famílias saíram do Leste Asiático para o Brasil. Entretanto, o que se observa é uma perpetuação de preconceitos contra essa parcela da população: expressões como ‘asiático é tudo igual’, ‘você deve saber muito de matemática’, e ‘abre o olho, japonês’ reforçam estereótipos baseados em questões biológicas e culturais que envolvem os brasileiros de ascendência asiática“.

Hugo Katsuo é graduado em cinema & audiovisual pela Universidade Federal Fluminense e mestrando pelo PPGCine-UFF. Atua também como conferencista, tendo participado em eventos diversos. Em 2019, defendeu a monografia intitulada “Pornografia gay e racismo: a representação e o consumo do corpo amarelo na pornografia gay ocidental”. No mestrado, está desenvolvendo a pesquisa “K-POP e pornografia: O pacto espectatorial do consumo de outridade”. Ao lado de Caroline Meirelles, idealizou e apresenta o projeto “Corpo Preto, Corpo Amarelo”, cujo objetivo é levar a colégios e a universidades uma reflexão sobre a representação das raças e sobre o racismo no audiovisual.
Filmografia de Hugo Katsuo
Produziu, dirigiu e roteirizou o longa-metragem documental “O Perigo Amarelo Nos Dias Atuais“ (2018);
O curta-metragem documental “Batchan” (2020);
O curta-metragem experimental “Imagem” (2020) e o curta-metragem ficcional “Nada Ficará” (2021), além de contar com alguns pequenos filmes experimentais feitos durante a quarentena dos anos de 2020 e 2021. Atuou também como assistente de direção nos curtas-metragens “Dando Asas à Imaginação” (2017), de Arthur Felipe Fiel e João Marcos Nascimento, e “Antes, Agora, Sempre” (2017), de Larissa Lima, e no videoclipe “Máquina de Mistério” (2018), da banda “Drápula”, dirigido por Luiza Catalani e Clarissa Ferreira. Como diretor de produção, trabalhou no curta-metragem de animação intitulado “Altcell” (2019), de Matheus Galvão.
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