Pequim e Araquém Alcântara: a primeira mostra do fotógrafo brasileiro na capital da China

O fotógrafo Araquém Alcântara. Crédito: Juan Esteves/ Forbes.

Vaqueiros cavalgando, pescadores puxando suas redes, senhoras idosas olhando piedosamente… As fotos contrastantes em preto e branco fazem as pessoas sentirem-se na em um outro Brasil, dando uma ideia das condições de vida destes nativos. Ao contrário da impressão que a maioria das pessoas tem do país sul-americano, com o samba apaixonado e o futebol desenfreado, o Brasil sob as lentes de Alcântara foca em uma área remota, longe da agitação da cidade, gravando um grupo de “outros” brasileiros.

A vida e o trabalho sob a natureza mostram o diversos estilos, costumes e diversos ambientes naturais do Brasil. Em meados deste mês de novembro, foi inaugurada, no China Millennium Monument, em Pequim, a exposição de fotografias “O Brasileiro” do fotógrafo Araquém Alcântara. A mostra foi organizada conjuntamente pela Embaixada do Brasil na China em colaboração com o Comitê Organizador da Semana Internacional de Fotografia de Pequim 2021 e o Museu de Arte Mundial de Pequim.

O embaixador do Brasil na China Paulo Estivallet de Mesquita, o vice-presidente da Academia Chinesa de Arte, presidente acadêmico da Semana Internacional de Fotografia de Pequim, Li Shufeng, e o diretor do Museu de Arte Mundial de Pequim, Ji Pengcheng, participaram da cerimônia de abertura. Alcantara é um dos pioneiros brasileiros na fotografia de natureza e um dos mais importantes do país.

O acervo fotográfico “Brasileiro” reuniu 20 de suas fotografias, escolhidas pelo próprio artista, cujo foco foi apresentar a vida os moradores de áreas remotas brasileira e sua estreita relação com a natureza, sendo o ápice representativo de seus 50 anos de carreira fotográfica. Li Shufeng acredita que esta exposição foi culturalmente valiosa em termos de conteúdo e estética fotográfica. “O fotógrafo aprofundou-se nas regiões interiorianas mais afastadas para criar e registrar as profundezas da vida das pessoas locais, permitindo que o público em geral tenha uma compreensão mais completa, sistemática e abrangente do Brasil e de sua cultura diversificada, rica e histórica“.

Em entrevista exclusiva ao Diário do Povo, o embaixador do Brasil na China disse que ficou muito satisfeito em ver o trabalho de Alcântara exposto na China. “Essas obras não só têm valor artístico, mas também mostram a cultura do povo brasileiro de um perspectiva humanística. Isso é exatamente o que esperamos que o público chinês possa entender melhor. Nos últimos 20 anos, a cooperação econômica e comercial entre a China e o Brasil alcançou resultados extraordinários, mas isso é apenas uma pequena parte da relação entre os dois países. Ambos as nações precisam conhecer melhor uma a outra“.

Crédito: http://world.people.com.cn/

Paulo Estivallet de Mesquita acredita que se os dois lados não promoverem um maior entendimento, eles não serão capazes de entender a riqueza da cultura um do outro. Tal compreensão pode trazer inúmeros benefícios a ambos os povos. Nos últimos anos, a China e o Brasil realizaram várias atividades amigáveis ​​de intercâmbio cultural.

Afetados pela nova epidemia da coroa, as trocas de pessoal entre as fronteiras foram drasticamente reduzidas. Neste contexto, os dois países estão explorando ativamente novas formas de comunicação, organizando festivais culturais, festivais de cinema e exibições de arte por meio de uma combinação de métodos online e offline para mostrar as diversas culturas entre as nações.

Fonte: Texto originalmente publicado em madarim no site do Diário do Povo.
Links diretos: https://mp.weixin.qq.com/s/fzQrbcDM4u056I0cxiSHrQ?fbclid=IwAR0z8sBYV-Y-5YvX-Y498uRkFjsao5S8RZNH0gq-I6IvczlFdzJ2b_n0SlQ http://world.people.com.cn/n1/2021/1119/c1002-32286890.html

Revisão de tradução – Zhang Yimin – professor e tradutor de chinês

Revisão e adaptação – Alessandra Scangarelli Brites – editora da Intertelas

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por Anders Noren

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