Segundo informou a assessoria cultura do Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro, visando auxiliar no fortalecimento das capacidades técnicas de enfrentamento de desastres naturais no Brasil, o Japão vem executando, por intermédio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), um “projeto de aprimoramento da capacidade técnica em medidas estruturais contra movimentos gravitacionais de massa com foco na construção de cidades resilientes”, que se iniciou em 2021 e a duração prevista é até 2026. O projeto consiste no envio de especialistas japoneses em técnicas de prevenção contra desastres naturais para o Ministério do Desenvolvimento Regional que apoiarão na elaboração de medidas estruturais para a contenção de deslizamentos de terra nas cidades de Nova Friburgo e Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro, bem como na elaboração de diretrizes técnicas a serem aplicadas como medidas de prevenção contra deslizamentos de terra.
No dia 17 de fevereiro, diante dos deslizamentos de terra ocorridos na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, o especialista em técnicas de desastres naturais do Japão, Yoshifumi Shimoda, sobrevoou e esteve nas áreas afetadas com membros do Ministério do Desenvolvimento Regional onde mensurou as destruições do desastre e identificou os métodos de contenção mais adequados para posterior troca de opiniões com os técnicos do Ministério. O Japão além de solidarizar-se com todas as vítimas do desastre, afirmou ser do interesse do pais continuar cooperando com as medidas de prevenção contra desastres naturais no Brasil a partir da aplicação da experiência acumulada ao longos dos anos em territória japonês.
Segundo portal do ministério brasileiro, em notícia publica hoje: “uma das atividades que vêm sendo realizadas por meio do acordo de cooperação técnica é o estudo do movimento de massas, com foco na ocorrência de fluxo de detritos, que tem maior poder de destruição. A ação faz parte do Projeto Sabo – Aprimoramento da Capacidade Técnica em Medidas Estruturais Contra Movimentos Gravitacionais de Massa com Foco na Construção de Cidades Resilientes.
‘O deslizamento, quase sempre, atinge uma área mais próxima. Já o fluxo de detritos percorre um espaço muito maior e provoca danos devastadores. Sai arrastando tudo o que vê pela frente, formando uma grande massa destruidora‘, explica o engenheiro japonês Yoshifumi Shimoda, líder da equipe de especialistas da Jica.
Segundo Shimoda, há mais de 150 anos, o Japão realiza obras voltadas ao enfrentamento desse tipo de desastre, como a construção de barreiras que retêm a passagem dos detritos (blocos de rochas, troncos de árvores etc) ou minimizam os impactos. A ideia do acordo é que esse tipo de barreira também passe a ser construída no Brasil. O engenheiro destaca, ainda, que a parceria também prevê a elaboração de um manual de diretrizes técnicas que possa ser usado para elaborar projetos executivos de engenharia para a construção de barreiras de retenção dos detritos no Brasil. ‘Vamos capacitar as equipes e começar a construir as barreiras’, destacou Shimoda”.
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