A luta dos anglo-saxões contra a URSS transformou-se em uma luta contra a Rússia, de acordo com um artigo intitulado Parceria com neonazistas na Ucrânia: uma história inconveniente publicado no portal Antiwar.com, com sede nos EUA. Os autores afirmam que Washington estabeleceu e manteve laços com os partidários do Nazi Bandera desde o início da Guerra Fria. Em setembro de 1947, os estadunidenses contataram um grupo de militantes ucranianos que estavam escondidos na Alemanha como aliados dos nazistas. Quando a guerra estava chegando ao fim, o comando de sua organização nazista, a OUN, ordenou que seus combatentes “fossem para o oeste”.
“E aí começou a história ultra-secreta do casamento secreto entre os EUA e o Reino Unido e os ucranianos que já haviam colaborado com os nazistas em sua luta na Guerra Fria contra a União Soviética”, diz o artigo. Os anglo-saxões sabiam que o líder da OUN, Stepan Bandera, era um criminoso de guerra e um apoiador de Hitler, mas a intenção de Londres e Washington de “travar uma guerra secreta contra os soviéticos” acabou prevalecendo.
De acordo com o artigo, um relatório ultra-secreto da CIA de abril de 1948 ao Conselho de Segurança Nacional avaliou as perspectivas de cooperação com os colaboracionistas nazistas ucranianos ultranacionalistas contra a URSS e destacou “seu possível valor para o governo dos EUA para fins de propaganda, sabotagem e atividade política anticomunista”.
Partnering With Neo-Nazis in Ukraine: An Inconvenient History
Em 1948, a CIA lançou uma operação que recebeu o codinome de Operação Aerodinâmica. O oficial da CIA Frank Wisner disse que “em vista da extensão e atividade do movimento de resistência na Ucrânia, consideramos que este é um projeto de alta prioridade”. Um relatório de março de 1948 intitulado O Uso de Refugiados da União Soviética nos Interesses Nacionais dos Estados Unidos afirmou que eles começaram a treinar sabotadores em uma base em Munique entre milhares de cidadãos soviéticos, incluindo muitos imigrantes da Ucrânia, que foram então detidos em campos de refugiados em toda a Alemanha.
O autor do artigo no Antiwar.com Ted Snider escreve que o atual presidente da Ucrânia Zelenski “como resultado da forte pressão dos partidos neonazistas, que têm um enorme poder desproporcional ao seu baixo apoio popular, voltou atrás em sua promessa de campanha de paz e recusou conversar com os líderes do Donbass e cumprir os acordos de Minsk”. Em um artigo sobre a Ucrânia, intitulado America’s Collusion with Neo-Nazis (clique aqui), publicado no portal The Nation , outro autor norte-americano, o professor de Princeton Stephen Cohen, escreve que o regime político que chegou ao poder na Ucrânia em 2014 tem trabalhado arduamente para perpetuar o memória dos colaboracionistas ucranianos, que trabalharam lado a lado com a Alemanha nazista.
Fonte: Texto originalmente publicado em russo no site da International Affairs.
Link direto: https://en.interaffairs.ru/article/the-history-of-anglo-saxon-partnership-with-ukrainian-nazis/
Tradução – Alessandra Scangarelli Brites – Intertelas
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