Dois terços dos moçambicanos não têm acesso à internet, diz relatório

Crédito: INCM.

Mais de 22 milhões de pessoas em Moçambique, cerca de dois terços da população do país, não têm acesso à internet, informou a Agência de Informação de Moçambique (AIM). O relatório citou resultados de um inquérito sobre usuários dos serviços de telecomunicações no país, divulgado pela Autoridade Reguladora das Comunicações (INCM) e pelo Instituto Nacional de Estatística.

O levantamento aponta que o custo do acesso à internet não é acessível no país, dado o baixo poder aquisitivo dos moçambicanos. O custo de vida e o poder de compra dos moçambicanos são baixos em comparação com outros membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), segundo palavras do presidente executivo do Conselho de Administração do INCM, Tuaha Mote, numa cerimônia de apresentação dos resultados do inquérito, como citadas pela AIM.

Crédito: World Banks Blogs.

Mote disse que esse cenário indica que sua instituição deve trabalhar mais na regulamentação e que os jovens devem ter mais oportunidades de trabalho para estimular o uso de serviços de internet. Segundo ele, o país tem uma alta taxa de desemprego, mas esses são os maiores consumidores desses serviços. Se esses jovens conseguirem empregos haverá maior utilização desses serviços e maior rentabilidade da economia.

Mote disse que o desafio para os provedores de comunicação é fornecer serviços acessíveis. Na opinião dele, o país já resolveu o problema de abastecimento e a maior preocupação agora em termos de desafio é resolver o problema de demanda. Devem ser criadas as condições para que os dispositivos sejam acessíveis, e que o custo dos serviços de comunicações também seja acessível para que haja uma utilização efetiva dos serviços na rede de telecomunicações, disse.

A Movitel, fornecedora de telecomunicações móveis com sede em Moçambique, tem uma cobertura estimada de 56,8% dos usuários, ocupando o primeiro lugar, sendo a maioria na zona rural nas regiões centro e norte, enquanto a Vodacom, uma empresa sul-africana, segue em segundo lugar, com 42% do mercado, se concentrando no sul do país e nas áreas urbanas, de acordo com a AIM.

Fontes: Copyright Xinhua. Proibida a reprodução.
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por Anders Noren

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