Duas iniciativas na praça, de fomento a atividades artísticas, trazem alento para o audiovisual. Tratam-se dos editais do Programa de Ação Cultural (Proac), do Governo de São Paulo, e um programa de bolsas para a produção de documentários, do Instituto Conhecimento Liberta (ICL).
O Proac envolve uma série de modalidades de apoio, e inclui expressões em diversas linguagens. Para concorrer e ser contemplado é preciso, contudo, comprovar endereço no estado de São Paulo há pelo menos dois anos. Os editais são publicados no site do programa, em <http://www.proac.sp.gov.br>.
Já as bolsas do Liberta são abertas a participantes de todas as regiões do Brasil. O fomento é para a produção de documentários para a internet (webdocumentários). São levados em conta, de acordo com o instituto, critérios como “relevância temática e profundidade técnica e informativa da proposta, bem como a trajetória do candidato e sua participação em equipes plurais”.
Texto de divulgação do instituto afirma: “entre as ideias enviadas, serão selecionadas propostas das diferentes regiões do país, destacando a expressão local e promovendo a igualdade de gênero, raça e etnia”. Os detalhes – inclusive um vídeo explicativo do ator Wagner Moura, apoiador na iniciativa – estão em <https://obrasildeverdade.com.br>.
Desde o golpe de 2016, direitos históricos e serviços públicos em diversas áreas estão sendo destruídos. O processo agravou-se a partir do atual governo. Com a área da cultura e, em especial, com o audiovisual, não vem sendo diferente. As estruturas governamentais – Ministério da Cultura, Agência Nacional de Cinema (Ancine) e Cinemateca Brasileira – estão sendo desmontadas.
Trabalho de décadas é desmantelado em canetadas – bic, inclusive. O desastre só não é maior porque há atores sociais (pessoas físicas, movimentos sociais, organizações não governamentais) e outras instâncias governamentais e de Estado que estabelecem diques de contenção da tsunami destruidora. Sigamos adiante, resistindo.
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