
Organizados pelo Instituto Cultura e Democracia, pela Fundação Friedrich Ebert Brasil e Fundação Perseu Abramo, os Seminários Cultura e Democracia estão formados por três ciclos de debates de grande interesse público. As primeiras atividades serão realizadas de 8 a 19 de novembro de 2021, de forma online, gratuita e interativa. Os encontros ocorrem todas as manhãs com intelectuais, ativistas da cultura, gestores/as públicos/as, lideranças de movimentos sociais, figuras públicas e políticas das mais diversas áreas, imbuídas do compromisso com a democracia e com a nação brasileira.
Segundo publicado pela Fundação Perseu Abramo, serão duas semanas de debates, diálogos e reflexões sobre a profunda crise política e institucional vivida pelo Brasil e os desafios impostos à sociedade. “Vamos buscar alternativas e saídas para que o país possa retomar o seu curso democrático e aprimorá-lo como condição básica para a superação das instabilidades, injustiças e desigualdades que marcam nossa história“, salienta a nota de anúncio.
Programação
Cultura, Ciência e Democracia
Quinta-feira, 11 de novembro | das 9h30 às 11h50
Vamos traçar um panorama sobre Globalização, Tecnociência e Democracia — e entender como o negacionismo científico e teorias conspiratórias atacam fundamentos da construção democrática do saber. Como parte das possíveis saídas para a crise, vamos debater democracia deliberativa e mecanismos de participação.
Moderação: Daniele Moura – Jornalista e Editora Executiva do Maré de Notícias
Palestrantes
Yurij Castelfranchi – professor da UFMG
Tatiana Marins Roque – professora da UFRJ
Ricardo Fabrino Mendonça – professor da UFMG
Cultura, Democracia e Questão Indígena
Sexta-feira, 12 de novembro | das 9h30 às 11h30
A ameaça de não demarcação das Terras Indígenas (TI), a legalização de mineração em TIs, aliadas ao sucateamento de políticas públicas para povos originários, pretendem constituir um processo de apagamento do passado, presente e futuro indígena no país — não apenas no plano subjetivo, mas também no plano territorial por meio da destruição devastadora do meio-ambiente. Urge levantar as trincheiras constitucionais contra esse fenômeno promovido pelo atual governo e compreender as relações profundas da nossa compreensão enquanto nação e democracia, que passam fundamentalmente pela cultura indígena.
Moderação: Jean Tible, Professor de Ciência Política da USP
Palestrantes
Ailton Krenak – Jornalista, ambientalista e escritor
Dário Kopenawa Yanomami – líder indígena
Irma Pineda Santiago – Poeta Mexicana e representante dos Povos Indígenas na ONU
Eventos já realizados e que você pode conferir abaixo
Abertura dos Seminários
Segunda-feira, 8 de novembro | das 09h30 às 11h40
Juca Ferreira – Sociólogo, preside o Instituto Cultura e Democracia, ex-ministro da Cultura, ex-secretário de Cultura de São Paulo e de Belo Horizonte
Aloizio Mercadante – Presidente da Fundação Perseu Abramo, ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Casa Civil e da Educação
Christoph Heuser – Representante da Fundação Friedrich Ebert
Palestras de abertura
Sabina Orellana – Ministra da Cultura, Descolonização e Despatriarcalização da Bolívia
Domenico De Masi – Sociólogo e escritor italiano
Cultura e Democracia. Crise e Transformação
Terça-feira, 09 de novembro | das 9h30 às 11h30
A ascensão da extrema direita vem minando as bases democráticas e é necessário traçar uma estratégia para impedir que a barbárie encontre solo fértil. A conjuntura exige esforços para pensar a crise da democracia e um projeto profundo de transformação social — que deve passar necessariamente pela participação e o papel da cultura e da arte nesse processo.
Moderação: Vivian Farias, vice presidente da Fundação Perseu Abramo
Palestrantes
Marilena Chauí – Filósofa e professora da USP
Tarso Genro – Advogado, ex-ministro da Justiça e da Educação
Renato Janine Ribeiro – Professor, presidente da SBPC, ex-ministro da Educação
Cultura, Sustentabilidade e Democracia
Quarta-feira, dia 10 de novembro 09h30 às 12h
O papel das linguagens na ampliação da democracia e o lugar das artes na interpretação da crise brasileira são os desafios propostos para a reflexão coletiva desta manhã. Se linguagem e interpretação possuem relação simbiótica, quais os mecanismos que o estado autoritário utiliza para corroer essas bases? Censura e guerra híbrida podem ser o ponto de partida dessa mesa que vai aprofundar os mecanismos de legitimação da necropolítica brasileira.
Moderação: Juliana César Nunes, jornalista
Palestrantes
Participação especial: Gilberto Gil – cantor e compositor, ex-ministro da Cultura
Laymert Garcia dos Santos – professor UNICAMP
João Paulo Capobianco – biólogo, fotógrafo e ambientalista. Vice-presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade
Sylvia Siqueira – diretora executiva da Nossa América Verde
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