Foi inaugurado novo Think Tank argentino e latino-americano: o Instituto Jorge Abelardo Ramos

Crédito: Instituto Jorge Abelardo Ramos.

Neste início de abril , precisamente em uma quarta-feira, 6 de abril, na cidade de Buenos Aires, foi inaugurado o Instituto Jorge Abelardo Ramos na sede da Unión Obrera Metalúrgica (UOM). O instituto leva o nome do historiador e pensador argentino, um dos principais representantes da corrente ideológica e política conhecida como “Esquerda Nacional“, cuja premissa era a busca da síntese -na teoria e na práxis – entre os grandes movimentos nacionalistas populares (como o Peronismo na Argentina) de cunho latino-americano (que reivindicavam a Grande Pátria latino-americana) somados às ideias de um “socialismo criollo”, tal como descrito na terminologia da língua castelhana, ou simplesmente o socialismo latino-americano.

A missão do Instituto Jorge Abelardo Ramos é a conservação e divulgação das obras dos maiores expoentes da tradição da Pátria Grande, como a dos pensadores José Vasconcelos, Manuel Ugarte e Alberto Methol Ferré, só para citar alguns, todos de tendo em comum uma retórica e vocação regionalista e continentalista. Víctor Ramos, diretor do Instituto (jornalista, cineasta, político, filho do historiador e pensador que dá nome ao centro de estudos) e o vice-chefe da Casa Civil da Nação, Jorge Neme, participaram como palestrantes neste evento.

Também estiveram presentes representantes das comunidades peruana, boliviana e paraguaia na Argentina, além de vários acadêmicos: Pablo Fontdevila, Álvaro Fontana, Miguel Ángel Barrios (USAL), Juan Martin González Cabañas. Também participaram lideranças políticas, Alejandro Karlen para o Parlamento do Mercosul e o senador uruguaio Marcos Methol que acompanhou o evento virtualmente. Apresentando o novo núcleo do pensamento estratégico e crítico, Victor Ramos argumentou sobre a necessidade de exercer o revisionismo histórico: “Fazemos revisionismo histórico porque nossa história (história argentina e latino-americana) foi falsificada e é falsificada diariamente”.

E com base nessa afirmação, Ramos destacou a importância de traçar um “roteiro” para que argentinos e latino-americanos conheçam mais suas origens e identidade, para fazer perguntas sobre seu futuro. O vice-chefe de Gabinete da Argentina, Jorge Neme, destacou o papel de Jorge Abelardo Ramos como intérprete das causas populares na história da Argentina (e da América Latina) e encerrou o encontro destacando que: “Na obra de Jorge Abelardo Ramos há um enorme arcabouço conceitual e um pensamento aberto para encontrar o caminho que precisamos para enfrentar e resolver os complexos fenômenos da atualidade”.

Deixe seu comentário

por Anders Noren

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: