ICBJ e Consulado Geral do Japão no Rio realizam palestra “O Cinema de Miike Takashi”

Miike Takashi. Crédito: reprodução da internet/Getty Images.

Nesta quinta-feira, dia 26 de maio, das 15h às 17h, no Centro Cultural do Consulado Geral do Japão (Praia do Flamengo, 200, sala 601, bairro do Flamengo, Rio) ocorre o tradicional Chá Cultural que, nesta semana, terá como tema central a vida e obra do prolífico diretor de cinema japonês Miike Takashi. O evento é uma iniciativa do Instituto Cultural Brasil-Japão do Rio (ICBJ) e do Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro.

As palestrantes convidadas são: a professora do curso de japonês no Departamento de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiroi (UERJ) e ex-presidente da Associação de Professores de Japonês do Rio de Janeiro Janete Oliveira e a jornalista formada na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), editora da Revista Intertelas, especialista em política internacional (PUCRS) e mestre em estudos estratégicos internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Alessandra Scangarelli Brites. A mediação está sob responsabilidade de David Leal, professor de história, produtor e diretor cultural do ICBJ -Rio. O evento já está com inscrições encerradas, mas será gravado e disponibilizado na internet posteriormente.

Crédito: divulgação.

Miike Takashi é um nome que marcou a história do cinema japonês, mesmo que o cineasta em si não tivesse qualquer pretensão do tipo. Sua extensa obra que apresenta mais de 100 filmes realizados, aborda inúmeras questões culturais, sociais, psicológicas e até político-econômicas que marcaram as última décadas da história da sociedade japonesa. Entre os seus personagens, as figuras humanas mais marginalizadas ganham destaque e liberdade para serem o que são, sem qualquer julgamente moral e censura por parte do cineasta. Conforme o organizador do evento David Leal, a origem humilde de Miike Takashi teve grande influência na sua tragetória cinematográfica.

Miike nasceu em um ambiente humilde e sua família não se favoreceu com o milagre japonês. Ele não frequentou cinemas e teatros. Viu de perto o mundo das jogatinas e da violência frequentado pelo pai alcoólatra e testemunhou a entrada dos poucos amigos na Yakuza ( tema de boa parte de seus filmes). Sua vida mudou radicalmente quando descobriu uma faculdade de cinema em Yokohama que admitia qualquer aluno, inclusive os rejeitados em outras escolas.

Miike aproveitou a oportunidade e de forma despretensiosa começou como assistente de direção, dirigiu filmes para vídeos até dirigir para estúdios maiores e entrar no seleto grupo do mainstreen do cinema japonês com uma obra que subvertia a ordem tradicional. Com o tempo seus filmes ganharam admiração de grandes nomes do cinema como Guilhermo Del Toro e Quentin Tarantino, percorrendo um caminho que foi da pequena cidade de Yao em Osaka até Cannes. Miike é o cinema da desconstrução e dá subversão“, explica o Leal.

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por Anders Noren

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