
De 2 a 13 de outubro acontece, no Centro Cultural São Paulo, a 7ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo. Esta edição traz o tema “China — luzes e sombras, sons e sonhos”, em uma programação com filmes inéditos que quebram barreiras e estereótipos culturais. O evento é presencial e gratuito. Esta é uma realização do Instituto Confúcio na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em parceria com o CCSP e a Spcine. A mostra tornou-se uma atividade cultural de grande influência e referência para a promoção e divulgação do cinema chinês no Brasil.
Com curadoria de Shi Wenxue, mestre em Ciências do Cinema pela Academia de Cinema de Pequim, e Lilith Li, que coordenou o Festival Internacional de Cinema de Macau, o evento apresenta nove filmes contemporâneos, a maioria inédito no Brasil, divididos nos panoramas “Paisagem Humana e Histórica”, “Paisagem Urbana Contemporânea” e “Paisagem Étnica e Regional”. “São obras que retratam o nosso tempo e a nova geração em histórias cheias de verdade e sentimento numa perspectiva genuinamente chinesa”, observam os curadores.
A 7ª Mostra de Cinema Chinês abre para o público no domingo, dia 2 de outubro, às 16h, com o filme “Chaogtu e Sarula” de Wang Rui, vencedor dos prêmios de melhor direção no 33º Golden Rooster Film Festival e melhor contribuição artística no 32º Festival Internacional de Cinema de Tóquio. Baseado no romance “A Pastora” de Mo Yue, a obra conta a história de um casal mongol comum, que entra em conflito quando cada membro decide seguir estilos de vida diferentes.
O panorama “Paisagem Humana e Histórica” traz o épico de guerra, inédito no Brasil, “Os Oitocentos” de Guan Hu, segunda maior bilheteria internacional de 2020. A obra conta os feitos heroicos dos soldados da 88ª Divisão do Exército Revolucionário Nacional estacionados no Armazém Sihang durante a Batalha de Xangai que lutaram por quatro dias e quatro noites para resistir à invasão japonesa.
Ainda neste panorama estão “Reino de Terracota” de Ding Liang, Lin Yongchang, indicado para o Golden Goblet de melhor filme de animação no Festival Internacional de Cinema de Xangai, “O grande aprendizado” de Sun Hong, Wang Jing, Ke Yongquan, indicado ao Prêmio China Golden Rooster de melhor documentário, e “Tive a lua nas mãos” de Cheng Tsun-shing, considerado um dos dez filmes mais influentes de 2020 na China e que conta a história de vida de Yeh Chia-ying, grande mestra da poesia clássica.
Já o panorama “Paisagem Urbana Contemporânea” exibe os títulos “Adoração” de Yang Zi, selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Busan (Coreia do Sul), e “Quando a primavera chegar” de Li Gen, indicado ao Prêmio “White Mulberry” de melhor diretor estreante, baseado numa experiência real do cineasta. O panorama “Paisagem Étnica e Regional” completa a programação com os filmes “As galochas de Wangdrak” de Lhapal Gyal, indicado ao Urso de Cristal do Festival de Cinema de Berlim (Mostra Nova Geração), e “Chaogtu e Sarula” de Wang Rui.
Por fim, em “Morada nos Montes Fuchun”, de Gu Xiaogang, às vésperas dos Jogos Asiáticos de 2022, a cidade de Fuyang, na região de Hangzhou, está em plena transformação. Nesse contexto, quatro irmãos se revezam para cuidar da mãe, debilitada após um AVC. Às margens do Fuchun, as fases da vida passam como as estações do ano, mas os desafios continuam perenes como o rio. O título faz referência a uma pintura célebre de Huang Gongwang, que retratou o vale do mesmo rio Fuchun no século 14. Para mais informações e a programação completa, acesse o site da 7ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo (clique aqui).
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