Comentário da Xinhua: China e Rússia dão exemplo a relações entre grandes países na nova era

O presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente russo, Vladimir Putin, realizam conversações no Kremlin, em Moscou, Rússia, em 21 de março de 2023. Xi conversou na terça-feira com Putin em Moscou. Crédito: Shen Hong/Xinhua.

Ao longo dos anos, o desenvolvimento sustentado, saudável e estável das relações entre a China e a Rússia gerou benefícios a ambas as partes e injetou estabilidade em um mundo turbulento. Sua parceria estratégica abrangente de coordenação para uma nova era é madura, resiliente e sólida como uma rocha. Esta relação tão madura e tenaz não pode ser alcançada sem planejamento ou orientação estratégica do mais alto nível. Os intercâmbios entre os dois chefes de Estado são a bússola e a âncora das relações entre os dois países.

Orientadas pelos dois líderes, a China e a Rússia abriram um caminho de relações entre grandes países caracterizadas pela confiança estratégica e boa vizinhança, criando um novo paradigma para as relações internacionais. Através de visitas mútuas, reuniões bilaterais em importantes ocasiões multilaterais, videoconferências, conversas telefônicas e troca de mensagens, nos últimos anos, os dois chefes de Estado realizaram interações frequentes e trocaram experiência de governança de forma profunda e franca.

Também elaboraram planos para impulsionar as relações bilaterais e a cooperação prática em diversos âmbitos, tais como economia, comércio, investimento, energia, ciência e tecnologia, intercâmbios entre pessoas e culturais, assim como interações a nível local. A amizade entre os povos contém a chave para as boas relações entre países. Desde que as duas partes estabeleceram relações diplomáticas há 74 anos, seus povos trabalharam juntos para criar um futuro melhor e compartilhar os dividendos do desenvolvimento. Uma sinergia entre a Iniciativa do Cinturão e Rota e a União Econômica Eurasiática é um bom exemplo disso.

A ponte da autoestrada transfronteiriça Heihe-Blagoveshchensk, a ponte ferroviária transfronteiriça Tongjiang-Nizhneleninskoye e outras pontes sobre rios fronteiriços foram abertas ao trânsito uma após a outra, e os canais de logística e transporte transfronteiriços foram ampliados ainda mais. Em 2022, o comércio bilateral atingiu um número recorde. A China permanece a maior parceira comercial da Rússia há 13 anos consecutivos. E nos primeiros dois meses deste ano, o comércio bilateral manteve um forte impulso de crescimento, chegando a US$ 33,69 bilhões, um aumento anual de 25,9%.

Ao mesmo tempo, os dois países testemunharam intercâmbios e amizade aprofundados entre povos e um crescente apoio público sólido. Os povos dos dois países aproximaram-se ainda mais através de eventos como o ano do turismo, o ano do intercâmbio de meios de comunicação e o ano do intercâmbio esportivo. Diante das rápidas mudanças raramente vistas em um século, os grandes países estão tentando averiguar o que é que desejam entre si: construir blocos exclusivos ou promover uma amizade que seja aberta e sincera.

A China e a Rússia deram sua resposta. Sua relação é construída sobre a base da não aliança, não confrontação e não ter como alvo terceiros. Não tolera nenhuma interferência ou coerção de um terceiro. Essa opção serve aos interesses respectivos e comuns de ambos os países e responde ao chamado comum de paz e desenvolvimento de nossos tempos. Em uma entrevista aos meios de comunicação chineses em fevereiro, o embaixador russo na China, Igor Morgulov, disse que: “estou convencido de que qualquer um que tenha más intenções e tente romper nossa amizade não terá sucesso“.

Esta relação resiliente gerou maior estabilidade, certeza e energia positiva a um mundo que está experimentando transformações em meio ao caos e desordem. Como alguns países estão tentando restaurar a mentalidade de Guerra Fria e criar a pseudoproposição de “democracia versus autocracia”, a China e a Rússia, junto a outros países, opõem-se decididamente à hegemonia e a uma nova Guerra Fria, e estão comprometidos firmemente a promover um mundo multipolar e relações internacionais mais democráticas.

A China e a Rússia, como membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mantiveram uma coordenação e cooperação estreitas em assuntos internacionais, protegeram firmemente o sistema internacional centrado na ONU, a ordem internacional sustentada pelo direito internacional e defenderam o verdadeiro multilateralismo. Os dois países aumentaram o apoio mútuo em questões relacionadas aos interesses fundamentais de cada um.

Eles conduziram coordenação e cooperação dentro de marcos multilaterais, incluindo a Organização de Cooperação de Shanghai, a Conferência sobre Medidas de Integração e Construção de Confiança na Ásia, o BRICS e protegeram os interesses de segurança regionais, assim como os interesses comuns dos países em desenvolvimento e dos mercados emergentes. Com a orientação estratégica dos dois chefes de Estado, a parceria estratégica abrangente de coordenação China-Rússia para uma nova era certamente avançará a um nível mais alto. Uma relação sino-russa madura e resiliente promoverá a solidariedade, o desenvolvimento e a prosperidade do continente eurasiático, unirá forças para defender as normas que regem as relações internacionais, fortalecerá a cooperação mutuamente benéfica e dirigirá o mundo na direção correta.

Fontes: Copyright Xinhua. Proibida a reprodução.
Links diretos: http://portuguese.xinhuanet.com/20230320/54f10743ba17434ea79884003d43d149/c.html

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por Anders Noren

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