Fiocruz e UNIRIO lançam documentário Orquestras Sociais

Crédito: divulgação.

Durante o ano de 2022, estudantes do Instituto Villa-Lobos, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), deram oficinas em projetos sociais de formação de orquestras e, ao mesmo tempo, os participantes dos projetos foram à Universidade, conheceram os espaços, participaram de masterclasses e ensaios para o concerto que celebrou o sucesso do projeto Orquestras Sociais – Cultura e Cidadania, uma realização da Fiocruz e da UNIRIO, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS. Todo esse processo de troca e aprendizagem, que criou pontes e realizou sonhos, pode ser visto no documentário Orquestras Sociais.

Participaram do projeto cinco instituições socioculturais de formação de orquestra no Rio de Janeiro – Orquestra Solar Meninos de Luz (Cantagalo), Casa Amarela (Providência), Escola de Música da Rocinha, Projeto Além do Morro (Chapéu Mangueira e Babilônia) e Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – Fiocruz (Petrópolis). As instituições foram selecionadas por oferecerem projetos de formação de orquestra com aulas e prática orquestral gratuitas, que contribuem para a disseminação e fortalecimento das artes e da cultura, entendidas como direito social fundamental.

Nossa visão de saúde não é apenas a ausência de doença. Nós trabalhamos muito com as comunidades na visão de que saúde é bem-estar, é felicidade, realização, e, mais do que tudo, é um direito. Nós entendemos que o direito à arte é sagrado”, declara Félix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí, Política, Cultura e Saúde, Fiocruz – Petrópolis, em um dos seus depoimentos para o documentário. Durante seis meses, oito graduandos-monitores do Instituto Villa-Lobos realizaram oficinas nestas instituições para aperfeiçoamento técnico-musical dos integrantes. Alguns desses monitores, inclusive, despertaram seus interesses pela música em projetos sociais.

Crédito: divulgação.

Eles se sentiram emocionados por poderem retribuir e incentivar jovens e crianças a investirem no estudo da música. “Tem sido maravilhosa essa experiência. A cada dia que eu dou uma aula eu saio mais realizado e feliz. Comovido de estar participando deste projeto”, declara o saxofonista Gustavo Spíndola em seu depoimento para o documentário.

Os alunos das cinco instituições foram à UNIRIO, onde ensaiaram para o grande dia – a apresentação no Theatro Municipal, em 15 de outubro, que reuniu todos eles no palco, junto com a Orquestra e a Banda da UNIRIO. O concerto foi a realização de um sonho dos integrantes dos projetos que, pela primeira vez, se apresentaram no palco de uma das mais importantes salas de concerto do país.

Crédito: divulgação.

A garotada dos projetos tem a sensação de que a universidade é uma coisa inalcançável. Nós achamos importante mostrar que a universidade está ao alcance deles. Então, idealizamos visitas de cada projeto à UNIRIO. Eles conheceram o Instituto Villa-Lobos, a biblioteca, fizeram diversas atividades com os professores. Essas visitas tiveram a função de receber essas pessoas para elas saberem que isso aqui é delas”, declara no documentário o professor Sergio Barrenechea, coordenador artístico do projeto, complementando que os oito monitores foram fundamentais para o sucesso do projeto. “Eles estimularam os alunos de cada projeto a estudar, a gostar de música, a se envolverem com cultura e com o ambiente artístico”.

Idealizado há mais de quatro anos, a realização do projeto tornou-se possível com o patrocínio do Grupo Seres, JSL, S&P Global, Waiver, Prefeitura da Cidade do Rio e Secretaria Municipal de Cultura, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura; e do apoio do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A gestão cultural é da Sociedade Promoção Casa de Oswaldo Cruz, SPCOC.

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por Anders Noren

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