
Frantz Omar Fanon nasceu em 20 de julho de 1925 em Fort-de-France, Martinica. Tornou-se um dos maiores pensadores do século XX, desenvolvendo estudos principalmente em questões referentes à descolonização e ao que chamava de psicopatologia da colonização. Psiquiatra, filósofo, marxista e integrante dos movimentos de independência e libertação dos países africanos, utilizou dos aspectos sociológicos, filosóficos e psiquiátricos para desenvolver suas reflexões a partir de uma perspectiva terceiro-mundista. Em outras palavras, desenvolveu uma análise pormenorizada sobre as consequências do processo imperialista nas mentes daqueles que a vivem diretamente: colonizados e colonizadores.
Testemunhou a guerra de libertação impulsionada pela Frente de Libertação Nacional contra a dominação da França na Argélia, onde trabalhava como psiquiatra do exército francês. Acabou integrando-se à resistência argelina e, posteriormente, participando de outros movimentos políticos pró-descolonização do continente africano. Especificamente problematizou a relação da revolução argelina com outras nações da região.

Em sua vasta obra, ele afirma que a descolonização é inerentemente um processo violento, porque a relação entre o colono e o nativo é um binário de opostos. O colonialismo cria dentro do nativo uma tensão que cresce ao longo do tempo e acaba sendo, de muitas maneiras, fomentada pelo colono. Essa tensão é inicialmente liberada entre os nativos, mas acaba tornando-se um catalisador da violência contra o colono.
Seu trabalho serviria de base acadêmica e teórica para muitas revoluções. Atualmente em centros acadêmicos existem os chamados estudos fanonianos que tem a obra do autor como ponto central de pesquisa. Suas ideias ainda são muito aplicadas em estudos culturais e pós-coloniais. Sua obra “Em Defesa da Revolução Africana” é uma grande contribuição aos que almejam entender a relação de racismo, imperialismo e exploração capitalista.
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