
Nos dias 25 e 26 de maio a NAGAI Produções Artísticas e Culturais traz para a cidade do Rio de Janeiro duas palestras com sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima. A iniciativa faz parte do projeto “Sobreviventes pela Paz”, que segundo a assessoria do programa, visa através de vários espetáculos colocar em cena: “indivíduos que experienciaram grandes genocídios e, ou suas histórias, no intuito de sensibilizar o público e provocar reflexão sobre a guerra e a importância de se propagar e manter a paz”. Rogério Nagai, diretor e ator, promove “Sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima”, em que as próprias testemunhas do ataque nuclear, residentes hoje no Brasil, relatam o que viram e como sobreviveram.
No dia 25, a palestra tem entrada franca e será ministrada em português, seguida de um bate-papo com o público. O evento ocorrerá na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyo – RJ), das 14h30min às 15h30min, na Av. Franklin Rosevelt, 39 – 15º andar, Centro, Rio de Janeiro – RJ. Estarão presentes os palestrantes Takashi Morita, Kunihiko Bonkohara e Rogério Nagai. A mediação será de David Leal, também coordenador geral da iniciativa, que conta ainda com o apoio da Mercearia Sukiyaki.
No dia 26 de Maio, a 9ª edição do International Uranium Film Festival Rio de Janeiro – Festival de Cinema da Era Atômica recebe os palestrantes para um novo encontro com o público carioca, das 11h às 13h, no Museu de Arte Moderna – MAM Rio. A segunda palestra com os sobreviventes do holocausto nuclear ocorre após a exibição do documentário “O Sr. Morita” (2016), de direção e produção de Roberto Fernández. A produção conta a história do ex-policial militar e palestrante Sr. Takashi Morita, que em 6 de agosto de 1945 estava em Hiroshima, quando os EUA jogaram uma bomba atômica de urânio na cidade. Depois desta experiência traumática, ele se mudou para o Brasil.
Ainda na programação do festival serão exibidos mais dois documentários: “Freiras de Nagasaki” (2018), com a direção de Alain Vézina, que conta a história de um pequeno grupo de missionárias católicas, prisioneiras dos japoneses, que após sobreviveram ao ataque nuclear foram presas em um sanatório. Algumas dessas freiras escreveram sobre a história de seu cativeiro e sua terrível reclusão; “Fukushima as vozes silenciosas” (2017), com a direção de Sato Chiho e Lucas Rue, narra a experiência de uma jovem cineasta japonesa, expatriada na França, que volta ao seu local de nascimento, perto da cidade de Fukushima, passados seis anos do desastre nuclear, e pretende reabrir o debate com sua família sobre a catástrofe.
O acidente nuclear de Fukushima Daiichi deu-se na Central Nuclear de Fukushima I, em 11 de março de 2011, em razão do derretimento de três dos seis reatores nucleares da usina, que foi atingida por um tsunami, provocado por um maremoto de magnitude 8,7. O International Uranium Film Festival é o maior evento cinematográfico dedicado a promover a memória sobre os perigos da bomba e acidentes nucleares, assim de questões referentes ao lixo radioativo, medicina e ciência. A ideia é informar, recordar e prevenir sobre os perigos que envolvem o uso da energia nuclear, promovendo uma conscientização do público sobre a questão. Para mais informações sobre os dois eventos do dia 25 e 26 de maio, acesse a página no Facebook do projeto Sobreviventes pela Paz e o site do International Uranium Film Festival.
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