Em oito anos, cresce em mais de um terço o número de salas de cinema no Brasil

Crédito: O Globo.

O audiovisual brasileiro começa a colher frutos de um política pública federal lançada há exatos oito anos. Em 23 de março de 2012, a então presidenta Dilma Rousseff sancionava uma lei que, entre outras medidas, instituía o Programa Cinema Perto de Você. O objetivo era ampliar o número de salas de cinema em todo o Brasil, de modo a retomar quantidades semelhantes ao do auge do parque exibidor nacional, nos anos 1970.

Pois bem. Agora no começo de 2020, a Agência Nacional de Cinema (Ancine) divulgou os principais resultados do mercado cinematográfico brasileiro em 2019. Segundo a Ancine, no ano passado o parque exibidor no país contava com mais de 3.201 salas – um número quase 36% maior que as 2.352 salas existentes em 2011, antes de o Cinema Perto de Você ter sido criado.

Crédito: Instituto Brasileiro de Audiovisual – Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

A lei que, entre outras medidas, instituía o programa, criou o chamado Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine). Por meio do Recine, a compra de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, necessários à instalação de salas de cinema, ficou desonerada de tributos.

Da mesma forma, o programa lançado em 2012 estabelecia linhas de crédito e de investimentos para a implantação de complexos de cinema, e ainda incentivos fiscais para a modernização de salas já existentes. Uma vertente do programa – Cinema da Cidade – previa estímulos técnicos e fiscais específicos para que empreendimentos ocorressem em cidades ou regiões de cidades que não contassem com salas de exibição.

De acordo com a Ancine, o pico de salas de cinema no Brasil deu-se em meados dos anos 1970 – em 1975, por exemplo, havia 3.276. A partir dos anos 80 e até os anos 2000, esse número foi caindo – em 1995, no pior ano, eram pouco mais de 1 mil salas (1.033, exatamente). Só dez anos depois, em 2005, a marca das 2 mil unidades foi ultrapassada.

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por Anders Noren

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