
Na véspera da comemoração dos 75 anos da vitória na Grande Guerra Patriótica de 1941-1945 e da Segunda Guerra Mundial no Rio de Janeiro, Brasil, foi decidido que o livro “A Grande Guerra Patriótica dos Soviéticos”, ocupará um lugar especial na exibição de publicações dos países do BRICS sobre o tema das guerras. O objetivo é que as obras sejam englobadas na estrutura do projeto literário e histórico dos cinco países do BRICS, no caso denominado: “Povos do BRICS: dedicado aos heróis da guerra”.
O grupo de autores do livro, unindo pesquisadores e historiadores brasileiros, criou uma obra literária e histórica única, refletindo com sinceridade os eventos reais da Grande Guerra Patriótica da União Soviética, principais batalhas militares e enfatizando o papel decisivo do povo soviético. O livro foi apresentado em 05 de dezembro de 2019 no Rio de Janeiro com a participação de representantes da Câmara Municipal de Vereadores do Rio de Janeiro, do corpo consular e de organizações públicas.

O adido de imprensa do Consulado Geral da Rússia no Rio de Janeiro, Artem Fomin, em seu discurso na apresentação enfatizou “a importância da participação vitoriosa de nosso país na Grande Guerra Patriótica, a necessidade de contrariar tentativas de falsificar a história da Segunda Guerra Mundial, bem como a importância de preservar a verdade histórica“. Entre 09 de maio de 2021, a Organização Pública Regional “BRICS: Mundo das Tradições”, que opera no Distrito administrativo do norte de Moscou e na União Internacional das Associações Públicas“ Comitê Público de Veteranos de Guerra ”, Rússia, Moscou, planejam realizar uma apresentação do projeto em Moscou, e nas cidades Tver e Vladimir.

A parceira desta iniciativa, a TV BRICS entrevistou alguns autores do livro, que foram exibidos durante o dia da Vitória nos materiais informativos da rede internacional de TV BRICS.
A parceira brasileira da BRICS: Mundo das Tradições, editora-chefe da Revista Intertelas Alessandra Scangarelli Brites, também uma das autoras do livro, fez a tradução do português para o russo das biografias dos autores e do organizador brasileiros do livro “A Grande Guerra Patriótica dos Soviéticos”, além da tradução de resumos dos capítulos que integram o livro, o que é especialmente importante para as apresentações na Rússia, durante o aniversário da vitória.
Boris Martinov, participante deste projeto, conhecido especialista em estudos da América Latina, professor e chefe do Departamento de Relações Internacionais e Política Externa do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO), que faz parte do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, elogiou o conteúdo e o significado deste livro, além de atuar como editor dos materiais traduzidos. Os livros brasileiros foram entregues aos organizadores russos do projeto, graças à assistência do Consulado Geral da Rússia no Rio de Janeiro. O livro “A Grande Guerra Patriótica dos Soviéticos”, escrito com base em materiais confiáveis obtidos dos arquivos militares russos, é um presente histórico inestimável e oportuno do Brasil para o nosso país em um momento em que há um desejo de reescrever a história dessa guerra.
Confira as biografias dos autores e do organizador desta publicação, além dos resumos dos respectivos capítulos que escreveram e integram a obra “A Grande Guerra Patriótica dos Soviéticos”
João Claudio Platenik Pitillo (autor e organizador)

Professor de História Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisador, mestre em História Comparada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutorando em História Social na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e membro do Núcleo de Estudos das Américas (NUCLEAS-UERJ). Especialista em Segunda Guerra Mundial. Áreas de interesses de pesquisa: processos revolucionários latino-americanos do século XX a partir do conceito de “Nacionalismo Revolucionário”; “Terrorismo Global” e o surgimento do “Novo Califado”; o Exército Vermelho e a importância da Frente Leste para o contexto geral da Guerra.
A Doutrina Soviética de Guerra Urbana em Stalingrado
Este capítulo desenvolve um estudo acerca do método de guerra urbano desenvolvido durante a Batalha de Stalingrado, teorizado pelo general soviético Vassili Tchuikov. Nele se discorre acerca das novas posturas táticas adotadas pelo 62º Exército que inauguram um novo tipo de modelo de guerra que dentro de um cenário urbano impediam a blitzkrieg. Em Stalingrado se desenvolveu novas concepções táticas em torno do ambiente da guerra, bem como um novo uso para batalhões e regimentos. Uma nova concepção junto a engenharia militar também é discorrida, a partir do uso de novas armas manuais.
Francisco Carlos Teixeira da Silva (organizador)

Formado em História e Educação (UFRJ, 1976), possui Especialização em História do Brasil pela Universidade Federal Fluminense (UFF, 1977) e Mestrado em História do Brasil (UFF, 1981) e Magisterwissenschaft pela Universidade Livre de Berlin, 1983. É doutor em História pela Universidade Livre de Berlim (FU Berlin) e possui Pós-Doutorado em História Política e Social na Universidade de São Paulo (USP), na Universidade Técnica de Berlim (TU Berlin, bolsista Capes/DAAD) e na Universidade Livre de Berlim (TU Berlin/Bolsista Capes/DAAD).
Ricardo Quiroga Vinhas (autor e organizador)

Nascido em Praga, Tchecoslováquia em 1974, filho de pai boliviano e mãe brasileira. Veio ao Brasil em 1979 com a anistia. Formado em Engenharia Química pela UFRJ e Direito pela UERJ. Trabalhou como tradutor na Agência de Notícias Xinhua. Trabalhou como advogado e como assessor parlamentar do deputado federal Antonio Carlos Biscaia.
Trabalha como analista judiciário no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região. Estudou russo no antigo Instituto Cultural Brasil-URSS. É conselheiro da Associação Cultural José Martí-RJ, entidade de solidariedade a Cuba. Diretor do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais do Rio de Janeiro (Sisejufe). Estudioso da história dos países socialistas do Leste Europeu, especialmente da Tchecoslováquia e URSS.
A Batalha do Ártico e a Destruição da Esquadra Negra
Este capítulo aborda a pouco conhecida participação soviética nas batalhas navais ocorridas em torno do Mar Ártico, bem como as operações navais nazistas nos portos do norte do país. Descrevendo a pouca conhecida viagem que os comboios de ajuda do land-lease faziam para chegar a URSS, sob alto risco de bloqueio ou cerco de embarcações navais militares alemãs, onde destaca a difícil situação dos combates na região norte do país.
As operações navais da Kriegsmarine são destacadas com evidente importância para o esforço de guerra soviético nesta frente, essencial também para os demais aliados. Ele destaca a importância das ações soviéticas no mar e em terra para libertar o norte da Noruega e retirar da Esquadra Negra, a capacidade de combate.
Ivan Cavalcanti Proença (autor)

Professor, Mestre e Doutor em Literatura Brasileira; Presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileiria de Imprensa (ABI), por duas vezes (concluído em maio/2018); Autor de inúmeras obras sobre Literatura e Cultura Brasileiras; General do Exército Brasileiro; e, autor do livro “O golpe Militar e Civil de 64”. Ocupou cargos relevantes nas áreas da Educação e Cultura no Governo do Estado do Rio de Janeiro, durante a administração de Leonel de Moura Brizola. É membro da Academia Carioca de Letras.
Não há terra depois do Volga (A Batalha de Stalingrado)
Este capítulo discorre acerca da Batalha de Stalingrado ressaltando seu aspecto central no andamento da Grande Guerra Patriótica. Debatendo o falseamento da história por parte de um crescente revisionismo, iniciado durante a Guerra Fria, o autor traz nele também o heroísmo dos diversos setores sociais da União Soviética. Enfatiza em especial o papel das mulheres e jovens que estiveram na linha de frente do campo de batalha pela defesa da histórica cidade.
Vinícius da Silva Ramos (autor)

Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Mestre em História Política pelo Programa de pós-graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutorando em História Social pelo Programa de pós-graduação em História Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Autor do livro “Páginas verdes de uma imprensa marrom”.
A Batalha de Smolensk
Este capítulo destaca o cenário existente durante a invasão nazista a URSS, o autor centraliza a análise em torno do desenvolvimento da Blitzkrieg durante a Operação Barbarrossa. As operações militares ocorridas na Batalha de Smolensk são evidenciadas a partir de uma abordagem desta enquanto uma primeira deficiência de manobra da Wehrmacht, que evidencia também uma primeira experiencia de resposta soviética organizada em uma batalha urbana contra a Blitzkrieg.
Luís Eduardo Mergulhão Ruas (autor)

Professor de História da Rede Municipal do Rio de Janeiro e Professor de Sociologia da Rede Estadual do mesmo estado. Tem licenciatura e bacharelado em Ciências Sociais na Universidade Federal Fluminense (UFF). Pós Graduação em História da América pela Universidade Santa Úrsula. Mestrado e Doutorado em História na UERJ.
O Tratado de Não Agressão entre URSS e Alemanha – A Chave da Vitória Soviética
Este capítulo busca construir o quadro da Europa nos anos trinta quando a URSS se via ainda mais ameaçada pelo crescimento do nazi fascismo e sua expansão pelo continente com a conivência dos países capitalistas liberais , justamente para que o leitor perceba os motivos que levaram o governo soviético a assinar esse pacto de não agressão, fundamental para a vitória do pais na Segunda Guerra Mundial.
Éden Pereira Lopes da Silva (autor)

Graduado em bacharel e licenciatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pesquisou em sua monografia sobre o desempenho econômico e militar soviético na Segunda Guerra Mundial, cujo título é “Tudo para o front! Tudo para a vitória! Uma Análise do desempenho econômico-militar da URSS durante a Grande Guerra Patriótica (1941-1945)”. Atualmente é Mestrando em História Comparada no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ), onde tem como objeto de pesquisa a comparação entre a Perestroika e a Reforma de Mercado na China.
Pesquisador da História Contemporânea com ênfase no tempo presente, desenvolve estudos sobre história econômica e militar. Desde novembro de 2018 é colunista da Revista Intertelas- Relações Internacionais e Audiovisual, onde escreve artigos sobre a conjuntura internacional, história e cinema. Foi autor de dois artigos presentes no livro A Grande Guerra Patriótica dos Soviéticos, obra organizada por Francisco Carlos Teixeira da Silva, João Claudio Platenik Pitillo e Ricardo Quiroga Vinhas, cujo lançamento ocorreu em novembro de 2019.
Às Portas de Moscou- A Sangrenta Batalha por Rjev (Janeiro de 1942- Março de 1943)
Este capítulo aborda sobre uma batalha pouco conhecida no ocidente, e importante parte Grande Guerra Patriótica, ocorrida em Rzhev, a poucos quilômetros da capital soviética, Moscou. Discutindo a importância de sua disputa para a segurança da capital soviética e da frente central, sua importância é comparável a Stalingrado, que ocorreu em concomitância. A Operação Marte é discutida em seus aspectos militares e políticos, demonstrando que sua concomitância a Operação Urano em Stalingrado, contribui para uma importante derrota estratégica dos alemães na frente oriental.
De Leningrado à Kaliningrado- A Marcha Libertadora Soviética na Costa Báltica
Neste capítulo, o papel do Exército Vermelho na participação da libertação da costa báltica é destacada por meio de operações militares pouco conhecidas no ocidente. Partindo inicialmente da plena liberação de Leningrado, se destaca a Batalha do Narva e demais operações militares na região enquanto desdobramento da Operação Bragation. A importância estratégica da região báltica é discutida nos planos finais da guerra dos nazistas, em especial em 1945, quando a guerra já caminhava para seu término.
Mariana Magalhães Barreto da Silva (autora)

Formada em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marina Magalhães seguiu sua trajetória acadêmica com o curso de mestrado em História Comparada na mesma universidade e completou seu doutorado em Políticas Públicas Internacionais na Universidade de Osaka, Japão. Também na área de Relações Internacionais, concluiu seu pós-doutorado na Universidade do Estado Livre, na África do Sul.
Durante toda sua trajetória, seu principal foco de pesquisa foi a atuação japonesa na Segunda Guerra Mundial e as feridas causadas pela guerra na memória coletiva do Japão. Frutos desse trabalho foram os vários artigos e capítulos de livros publicados sobre o assunto, além do livro de sua autoria intitulado “Kioku – A Memória da Segunda Guerra Mundial no Japão”, de 2015.
Tempestade Vermelha em Agosto: a batalha definitiva entre União Soviética e Japão na Manchúria
Batizada pelos soviéticos como “Ofensiva Estratégica da Manchúria” e pelos norte-americanos como “Operação Tempestade de Agosto”, a ofensiva soviética na região da Manchúria abriu as portas para o avanço do Exército Vermelho sobre territórios ocupados pelo exército japonês e foi o tiro de misericórdia para o exército nipônico.
Esse artigo busca explorar e esclarecer detalhes sobre a definitiva participação e influência da União Soviética nos resultados finais da Guerra do Pacífico, partindo de uma breve reflexão sobre o expansionismo japonês, passando pela movimentação estratégica soviética, detalhando a batalha e avaliando as consequências do avanço soviético sobre o Japão.
Alessandra Scangarelli Brites (autora)

Jornalista graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Especialista em Política Internacional também pela PUCRS e Mestre em Estudos Estratégicos Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é escritora, tradutora e pesquisadora vinculada ao Grupo de Pesquisa em Mídia e Cultura Asiática e Contemporânea da Universidade Federal Fluminense (MidiÁsia – UFF).
Também atuou como assistente de produção em algumas empresas de cinema do Rio de Janeiro. Tem interesse em estudos e projetos que visem abordar o impacto da cultura, da ideologia, da política externa e da comunicação nas Relações Internacionais, em especial de Rússia, Ásia Central, Coreias, China, Vietnã e Japão. Atualmente escreve para publicações online sobre cinema e geopolítica destes países da Ásia. É também editora-chefe da Revista Intertelas.
As Relações Internacionais da União Soviética com Inglaterra e Estados Unidos de 1941-1945: Estratégias Militares e Diplomáticas que Levaram a Vitória
Neste capítulo, a autora destaca o papel polarizador da URSS nas relações internacionais, que iniciou-se com a Revolução Russa de Outubro de 1917. Discutindo o diálogo entre França e Inglaterra que nutriam alianças antissoviéticas anteriores a guerra, mas que se refletiram também no período dela, quando teve que combater as forças do eixo de maneira solitária até a abertura da segunda frente na Europa em junho de 1944. O papel da assistência anglo-estadunidense também é discutida, bem como o reflexo disso dentro das conferências de Teerã e Potsdam.
Tradução e adaptação: Alessandra Scangarelli Brites
Fontes: Texto originalmente publicado no Mos.News e БРИКС: Мир Традиций
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