
No dia 8 de agosto, às 17h30, acontece o recital do maestro japonês Kinzaburo Abe no Instituto Cultural Brasil-Japão Rio. Ele é vencedor do VIII Campeonato Nacional de Tsugaru Shamisen, líder do grupo ABEYA e um dos principais musicistas deste clássico instrumento no Japão, que combina o estilo tradicional e moderno a sua performance. Em única apresentação na capital carioca, Abe será acompanhado pelo brasileiro Bruno Silvestre, que fará uma apresentação especial. Com vagas já esgotadas, o recital será gravado para apreciação posterior daqueles que não conseguiram realizar sua inscrição.
Em mais uma cooperação entre o Consulado Geral do Japão no Rio e o Instituto Cultural Brasil-Japão (ICBJ), o evento, segundo o diretor artístico do ICBJ David Leal, é uma oportunidade para os fãs do Shamisen: “Estamos trazendo pra cá um representante da nova geração do Shamisen e que vai se apresentar ao lado de um brasileiro, uma verdadeira conexão Brasil-Japão aqui no Rio, terra da Bossa Nova, uma das capitais culturais do país e no mês de agosto tão especial para o ICBJ e para a história do Japão“.

Um pouco sobre o Shamisen
Conforme o autor William P. Malm, em seu livro “Traditional Japanese Music and Musical Instruments”, o Shamisen japonês tem origem no sanxian chinês e foi introduzido no Japão durante o século XVI. Trata-se de um instrumento muito versátil e que tanto homens, quanto mulheres tocavam e tocam individualmente, ou em conjunto. É um elemento musical importante em outras manifestações artísticas como o teatro kabuki e o teatro de bonecos bunrakuas.
Conforme relata o site especializado Shamisen Brasil, o instrumento é construído de forma muito artesanal. “A cola que gruda a pele no corpo do instrumento é feito de mochi (doce de arroz japonês). A madeira é escupida manualmente, até as curvas ganharem forma. Um detalhe bem curioso e meticuloso, é que o braço do Shamisen não é uma peça única, ele é dividido em três partes. Além dessas partes encaixarem com perfeição, elas não são coladas, apenas encaixadas. Outro ponto importante é que o ponto de junção dessas partes é exatamente na altura de uma nota musical, a marca da divisão das partes do braço serve como referência para saber as notas”, explica o redator do site.
Um pouco da trajetória do grupo ABEYA
Um dos maiores conjuntos de música tradicional no Japão, o ABEYA foi fundado pelos irmãos Kinzaburo e Ginzaburo Abe, ambos ganhadores do primeiro lugar no concurso de Shamisen do Japão e adquiriram o amor pelo instrumento através do pai. Como os irmãos, os demais membros também são jovens músicos e já realizaram shows em mais de 20 países, demonstrando uma critividade energética, tradicional e moderna, não apenas para Shamisen, mas também para a performance de canções folclóricas, tocando tambores e flauta tradicionais japoneses. Saiba mais no site da ABEYA (clique aqui).
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