Estão abertas as inscrições para o curso “Quatro de Maio e a Revolução Chinesa”, a ser realizado no dia 4 de maio, na Casa do Saber em São Paulo. O encontro ocorrerá sábado, das 11h às 13h, e será conduzido pela mestranda em gestão da indústria cultural (Universidade de Pequim) e empreendedora cultural Fernanda Ramone. Ela que é autora do capítulo “A Produção Cultural na China” no Guia Brasileiro de Produção Cultural 2010-2011, publicado pela Sesc SP, morou nove anos na China, atuando como correspondente da BandNews TV. Trabalhou ainda na Rádio Internacional da China e promoveu o DocBrazil Festival, em Pequim.
O 4 de maio de 1919 marca um dos eventos históricos mais importantes na história da China do século XX. Nesta data, várias manifestações estudantis e populares ocorreram no país. Tratava-se de um movimento anti-imperialista, cultural e político. Estudantes protestaram contra a resposta tímida do então governo chinês às políticas adotadas pelo Tratado de Versalhes, que permitiu, por exemplo, ao Japão receber territórios em Shandong, entregues pela Alemanha após o cerco de Tsingtao em 1914. Desta forma, o Império japonês conseguiu controlar partes significativas da China com o apoio da França, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Tais manifestações foram marcadas por atividades culturais de cunho popular, instigando um movimento nacionalista a criar novas lideranças políticas, que futuramente iriam promover mudanças radicais na China. O “Movimento Quatro de Maio”, em um sentido mais amplo, ajudou a lançar novas ideias de patriotismo, feminismo, democracia e anti-imperialismo que resultariam futuramente na Revolução Cultural, promovida por Mao Tsé-tung. O líder que entre 1918 e 1919 trabalhava como bibliotecário na Universidade de Pequim, local que originou a insurgência estudantil do 4 de maio.
O curso será também transmitido ao vivo, via internet. Para mais informações sobre a iniciativa e realizar a sua inscrição, acesse o site da Casa do Saber -SP.
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