Não venho assistindo muita coisa…mas, recentemente, maratonei a série dinamarquesa “Borgen” (2010-2013), disponível no catálogo do Netflix. Criada por Adam Price, o enredo acompanha a personagem Birgitte Nyborg (fantasticamente interpretada por Sidse Babett Knudsen), líder do partido moderado e que, pelas circunstâncias do cenário político, assume o posto de primeira ministra do pequeno país escandinavo.... Continuar Lendo →
“Killer Joe” (2012), de William Friedkin: a violenta decadência moral e social do EUA
O diretor William Friedkin, realizador dos inesquecíveis “Operação França” (1971) e “ O Exorcista” (1973), foi dos autores mais interessantes e viscerais do cinema estadunidense no começo dos anos 1970. Sua obra, centrada no universo opressivo de seus protagonistas, não economizava na violência de sua narrativa e no uso intenso dos recursos clássicos da edição... Continuar Lendo →
“Margin Call – o dia antes do fim”: a melancolia existencial na era do capitalismo financeiro
O mundo desenvolvido, em especial o Anglo-saxão, passou por um terremoto moral em 2008, que precede, sobretudo, à crise financeira que se seguiu. Na verdade, a brutal crise de liquidez que engoliu bancos centenários e debilitou (ferindo de morte outras tantas) grandes empresas globais foi o resultado, o produto da escandalosa indústria de derivativos e... Continuar Lendo →
AMADEUS (1984): a magia da música, do cinema e o universo destrutivo da inveja e do ego
É com um grito, um estribilho quase impronunciável, que “Amadeus” de Miloš Forman inicia. A paisagem invernal e um sombrio acorde inauguram a cena – e o filme. Entendemos, aqui e ali, palavras soltas, desconexas: “Mozart, Mozart, perdoe o seu assassino“. Este maravilhoso introito diante de nós e, assustados, constatamos que em apenas um minuto... Continuar Lendo →
“Robocop” (1987), de Paul Verhoeven: capitalismo neoliberal e a busca pela humanidade perdida
Existem filmes que não envelhecem. Existem filmes que ficam melhores com o tempo. O jovem clássico “Robocop” de 1987, dirigido com fúria por Paul Verhoeven, enquadra-se nesta categoria. Lembrei-me do filme ao ler a curiosa notícia da “falência” da cidade de Detroit. Parece-nos bizarro a falência de uma cidade, mas a crença americana nas leis do... Continuar Lendo →
A capitulação dos “invencíveis” em “Líbano” (2009), de Samuel Maoz
Os mestres Samuel Fuller e Robert Aldricht ensinaram que a guerra é, sobretudo, um drama humano de sobrevivência, sorte e superação. Longe dos Generais (que desde a Guerra Franco-Prussiana, no final do século XIX, distanciaram-se do campo de batalha), seus mapas e dilemas estratégicos, a guerra é vencida (ou perdida) na fria trincheira, na úmida selva ou mesmo... Continuar Lendo →